Conheça os modelos de caminhão que podem ser dirigidos com a “carteira B”
Com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tipo B, os condutores podem dirigir veículos de quatro rodas com o peso bruto total de 3,5 toneladas. No máximo, um motorista e oito passageiros podem ser transportados. Quadriciclos se encaixam nessa categoria.
Reboques e semirreboques podem ser acoplados e transportados por pessoas que têm a CNH B, contanto que o limite do peso não seja ultrapassado. Lembrando que a condução de trailers não é permitida nessa categoria. Apenas motorhomes, que não passam de seis toneladas e não transportam mais de nove ocupantes podem ser transportados.
Mesmo com todas essas restrições, ainda existem modelos de caminhões que podem ser dirigidos por motoristas com a Carteira Nacional de Habilitação na categoria B. Essas alternativas podem ser uma boa compra para quem precisa de veículos maiores de carga, mas não desejam renovar a CNH para ter uma modalidade compatível com grandes caminhões.
Confira alguns dos modelos que permitem o transporte por condutores com CNH tipo B:

Motor: 2.8 diesel, 150 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.453 kg
Hyundai HR

Motor: 2.5 diesel, 130 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.800 kg
Iveco Daily City

Motor: 3.0 diesel, 146 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: de 1.270 kg a 1.525 kg
Jac V260

Motor: 2.0 diesel, 103 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.510 kg
Fiat Ducato Chassi

Motor: 2.3 diesel, 130 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.590 kg
Renault Master

Motor: 2.3 diesel, 130 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.759 kg
Mercedes-Benz Sprinter

Motor: 2.2 diesel, 129 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: de 1.620 kg a 1.660 kg
Kia Bongo

Motor: 2.5 diesel, 130 cv
Câmbio: manual, 6 marchas
Capacidade de carga: 1.812 kg
Autorização do Detran
Todos os veículos listados acima têm a permissão de serem dirigidos por um motorista com a CNH categoria B. Ainda sim, os condutores interessados precisam pedir uma autorização junto ao Detran do seu Estado para trafegar com fins comerciais.
Essa permissão é chamada de EAR (Exerce Atividade Remunerada) e fica registrada na Carteira Nacional de Habilitação do cidadão. Ela é necessária para a prestação de serviços de transporte de pessoas, bens ou valores para pessoa física, jurídica, autônoma ou contratados. Alguns exemplos de profissões que precisam ter a EAR:
- Taxista;
- Motofretista;
- Mototaxista;
- Motorista de van;
- Motorista de ônibus;
- Carreteiro.
Antes de conseguir a permissão, o motorista precisa passar por exames psicológicos e pagar taxas específicas referentes à renovação da CNH.
Restrições de circulação
Outro benefício de ter um veículo pequeno de carga, como os mencionados nesta postagem, é a liberação para que eles circulem em grandes centros urbanos. Diversas cidades brasileiras restringem a circulação de caminhões no perímetro urbano. Isso acontece em Belo Horizonte, São Paulo, Recife e Porto Alegre, por exemplo. As sanções podem ser feitas de algumas maneiras:
- Restrição de circulação nas áreas demarcadas por placas;
- Restrição de carga e descarga em determinados horários estabelecidos pela Prefeitura;
- Restrição de estacionamento em determinadas ruas.
A penalidade por infringir essas determinações se enquadra no artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro. Ela pode ser de até quatro pontos na CNH.
A Confederação Nacional do Transporte realizou um estudo chamado de “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões”. Nele, os peritos perceberam os principais problemas que afetam os motoristas de carga em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Recife e Manaus. Entre eles:
- Implementação de restrições sem a abertura de diálogo com os setores envolvidos;
- Falta de dados para embasar políticas públicas de transporte de cargas no perímetro urbano;
- Variação de regras de restrição de transporte de cargas em um mesmo município ou em municípios próximos que integram uma região metropolitana;
- Proibição de trafegar em determinados horários e dias específicos que dificultam o planejamento das entregas;
- Falta de sinalização;
- Baixa fiscalização;
- Aumento do número de viagens por conta da imposição de utilização de veículos de carga menores.
- Falta de locais adequados e seguros para pausas e descansos nas viagens.
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